As personagens cruzam-se, marcando-se mutuamente, sem remédio. Envenenam-se, curam-se. Têm fome do outro, tiram tudo e dão tudo. Estão no limite do amor. O amor absoluto. E, apesar do escuro, vê-se o néon brilhar. Há qualquer coisa no amanhecer que impõe a esperança. Num presente assim excessivo, aparentemente indiferente ao futuro, deposita-se a certeza da cura.
(Raquel Freire)
(Raquel Freire)