A solidão é o refúgio de nós próprios quando isolados do mundo. À medida que os minutos passam, somam-se horas de solidão, horas que tornam a noite uma extensão do dia e o dia uma extensão da noite.
O silêncio governa a minha vida, cheia de nada, repleta de vazio. Ao meu redor não existe ninguém, apenas a túnica que me envolve. Na verdade, quem a ultrapassara não me preenche; já nem esses me conhecem...
A preguiça é inimiga do trabalho, minha inimiga chegada: sinto vontade de me evadir, mas preguiça de o fazer. Porque me acomodo a ter, mesmo sem ter ninguém.
Só me quero a mim. Porque me preencho. Porque me basto. Ou então não. Ou então tento bastar-me, já que não encontro quem me valha, quem esteja lá para mim, única e exclusivamente para mim...
É na solidão que escrevo (por não poder falar). Porque a televisão não me distrai. Porque a Internet é feita de contactos. Porque é a caneta que mais me escuta, mais me entende. Talvez porque não fale, porque se limite a marcar o que desenho. Talvez porque é minha escrava.
Eu não procuro um escravo, apenas um amigo presente, um amor verdadeiro, alguém que me faça redefinir o termo solidão...
O silêncio governa a minha vida, cheia de nada, repleta de vazio. Ao meu redor não existe ninguém, apenas a túnica que me envolve. Na verdade, quem a ultrapassara não me preenche; já nem esses me conhecem...
A preguiça é inimiga do trabalho, minha inimiga chegada: sinto vontade de me evadir, mas preguiça de o fazer. Porque me acomodo a ter, mesmo sem ter ninguém.
Só me quero a mim. Porque me preencho. Porque me basto. Ou então não. Ou então tento bastar-me, já que não encontro quem me valha, quem esteja lá para mim, única e exclusivamente para mim...
É na solidão que escrevo (por não poder falar). Porque a televisão não me distrai. Porque a Internet é feita de contactos. Porque é a caneta que mais me escuta, mais me entende. Talvez porque não fale, porque se limite a marcar o que desenho. Talvez porque é minha escrava.
Eu não procuro um escravo, apenas um amigo presente, um amor verdadeiro, alguém que me faça redefinir o termo solidão...
Eu sei
A tua vida foi
Marcada pela dor de não saber aonde dói
Mas vê bem
Não houve à luz do dia
Quem não tenha provado
O travo amargo da melancolia
Dizes que eu dou só por gostar
Pois vou dar-te a provar
O travo amargo da solidão
É só mais um dia mau...
(Ornatos Violeta)
A tua vida foi
Marcada pela dor de não saber aonde dói
Mas vê bem
Não houve à luz do dia
Quem não tenha provado
O travo amargo da melancolia
Dizes que eu dou só por gostar
Pois vou dar-te a provar
O travo amargo da solidão
É só mais um dia mau...
(Ornatos Violeta)
5 comentários:
Não me apercebi da solidão que sentes. Desculpa por me ter distraído demasiado com outras coisas. Mas espero que saibas que vou sempre ouvir-te. Tu sabes que te adoro.
Abraço =)
A vida deve ser vivida sem enlances demasiado viciantes: não te quero viciado em mim, mas independente...
É certo que parte da solidão que sinto se deve a uma mudança entre nós, porém eu aceito-a com o sorriso de te ver feliz. Ou remediadamente feliz.
Brindemos à felicidade e não à solidão. Eu cá me arranjo...
Eu não sou viciado em ti. Apenas quero remediar o facto de me ter afastado. Não me apercebi.
Não quero que parte dessa solidão seja por essa mudança. Voltemos ao que era dantes...
Voltas a surpreender-me, este teu descarregar da alma da tua mão torna-te realmente escritor. Por um lado precisa-se da solidão para que os verbos façam sentido.Por outro,desprecisa-se da solidão para dar algum sentido à vida. Mas a questão é que a solidão bate sempre à porta mesmo dos que se julgam imunes. Não há meio de lhe escapar. Mascara-se de demasiados modos para que a possamos ver. Mas há meios de a contornar. Quanto mais não seja com um simples estender da mão.
Já te deixei o meu mail num reply algures. Dispõe.
Entretanto, evade-te sempre que te for permitido.
Um beijo
M., enorme privilégio ler-te a elogiar-me e nomear-me escritor.
As palavras tornam a alma mais leve, mas são os actos que nos engradecem o ser. Escreverei enquanto sentir que engradeço...
Beijo *
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